Ponto final no jejum... de pontos. Esta a meta natural dos campeões da 2ª Liga na última época, num regresso que se está a revelar problemático ao campeonato maior do nosso futebol, para a recepção ao Marítimo, amanhã (18 horas), no Restelo, admitiu ontem o treinador, na conferência de imprensa de antevisão do encontro.
«Não éramos os maiores o ano passado, nem somos os piores este ano. Choque psicológico depois do que se passou na última época? Temos conversado. Sabem que esta aprendizagem está a ser difícil. Nesta altura, o fator mental é importantíssimo, mais ainda que o trabalho físico ou no campo. Continuamos a acreditar, mas é complicado e importante gerir a ansiedade», disse Van der Gaag, que também gostaria de «acabar um jogo com 11 jogadores», o que não sucedeu nas duas últimas jornadas.
Por isso, o treinador deverá mexer na equipa. O guarda-redes inglês Matt Jones, habitual titular (e expulso na segunda jornada, diante do Nacional), cumpriu um jogo de castigo na última ronda, em Coimbra, diante da Briosa, e deverá, sem surpresa, reassumir o seu posto entre os postes, relegando Rafael Veloso de novo ao banco.
E as expulsões do defesa central Kay e do avançado Deyverson, no municipal conimbricense, na última ronda, forçam ainda mais alterações: João Afonso deverá ser titular, ao lado de João Meira (as torres do Restelo diante do Marítimo) - o islandês Jonsson é outra alternativa possível - e, para o ataque, o treinador holandês do clube da Cruz de Cristo poderá voltar a conferir a titularidade a Tiago Caeiro, goleador da equipa na última época... ou a Fredy.
«Para isso temos um plantel grande, para poder gerir», disse Van der Gaag.
Fredy e Caeiro jogarem ambos será um plano B que até se poderá confirmar, em virtude da indisponibilidade, confirmada ontem também pelo próprio treinador, de Fábio Sturgeon e Fernando Ferreira alinharem neste próximo encontro, ambos por lesão. A dupla nem se tem treinado e continua confinada ao departamento médico e a trabalho específico de ginásio, com os responsáveis do Restelo a temerem que o toque de Sturgeon paragem prolongada...
«Não há desculpas: quem jogar, terá de aproveitar a chance», foi o repto que Van der Gaag lançou à despedida. Não sem antes admitir que defrontar o Marítimo, onde se notabilizou durante dez anos, como jogador (defesa-central) e depois treinador, «é sempre especial, não se esquecem tanto tempo num local».
ABOLA.PT@
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