sábado, 28 de setembro de 2013

Belenenses empata Benfica (1x1)

O Benfica foi surpreendido em casa diante do Belenenses. Numa partida em que ficaram evidentes as fragilidades do clube encarnado na falta de rasgo dos extremos, apenas um golo de Cardozo, de cabeça, foi ponto positivo. A partida fica também marcada pelo lento despertar benfiquista, que entrou bem, mas que adormeceu durante demasiado tempo, o que resultou num monumental coro de assobios à saída do relvado.


Jorge Jesus fez Maxi Pereira regressar à titularidade no lado direito da defesa encarnada e Bruno Cortez à esquerda. Na frente, Lima reeditou a dupla de ataque com Cardozo.

Do lado do Restelo, face à ausência de Miguel Rosa, Fábio Sturgeon foi a surpresa no onze de uma equipa que já não pôde contar com Mitchell van der Gaag no banco de suplentes. O holandês está ausente por motivos de saúde por tempo indeterminado e Marco Paulo foi o rosto presente na liderança azul.



Primeira parte com dois habitués: golo de Cardozo, erro defensivo

Depois de Artur Moraes ter vertido uma lágrima numa homenagem em vídeo que passou nos ecrãs da Luz antes do início do seu 100º jogo, o Benfica entrou a todo o gás na partida e os primeiros minutos marcaram uma avalanche de ataque dos encarnados. Cardozo assustou Jones logo aos 19 segundos e também aos nove minutos, mas aí o inglês esteve bem a sacudir para canto.



Não foi à segunda, foi à terceira que o paraguaio fez balançar a rede. Num bom lance de Lima pela esquerda, o brasileiro cruzou com precisão para a cabeça do colega de equipa, que atirou com sucesso para um belo golo.

Estava bem o Benfica e atarantado o Belenenses, que tinha muitas dificuldades em chegar à baliza contrária. Só que o golo começou a adormecer os encarnados, que esfriaram o seu ímpeto ofensivo e permitiram ao adversário rondar a baliza de Artur.

Markovic foi dando mostras de que a linha não é a sua posição e Enzo ia sendo o que mais tentava desequilibrar, mas pouco acompanhado nos rasgos pelos colegas de equipa.

Com o passar dos minutos e sem que os encarnados retomassem com clareza o pendor ofensivo, o Belenenses avisou por Sturgeon (28') e marcou mesmo por Mourtala Diakité, após canto apontado por Tiago Silva e num lance em que Fejsa perdeu o duelo com o maliano.

Até ao intervalo, a equipa de Jorge Jesus não soube igualar a atitude inicial do jogo perante um Belenenses que ia ganhando confiança e que mostrava dois jovens em bom plano: Sturgeon e Tiago Silva.

Sono profundo, anti-jogo e muitos assobios


Seria de esperar que, perante o marcador desinteressante para a equipa encarnada, o Benfica entrasse na segunda parte como tinha entrado na primeira, mas tal não se verificou e os primeiros 15 minutos foram pasmacentos, o que levou os adeptos da Luz a recorrerem ao assobio.

Gaitán foi aposta logo no reatar do jogo, mas demonstrou falta de ritmo normal de quem se lesionou há cerca de um mês, em Alvalade. No meio campo, Matic deu mostras de ainda não estar totalmente familiarizado com a sua nova função em campo e, após 64 minutos discretos, foi trocado por Enzo no centro, após a entrada de Sulejmani para a direita.

A entrada do número 8 melhorou o jogo ofensivo do Benfica, que voltou a acercar-se da área de Matt Jones. Cardozo cabeceou por cima, rematou ao lado e pediu penálti, mas não conseguiu o mais importante para a sua equipa.

Com o passar do tempo, a equipa encarnada ficava mais ansiosa e os adeptos desesperavam na bancada, rezando por um desfecho semelhante ao do Gil Vicente, na segunda jornada.

Os últimos minutos marcaram muitas paragens de jogo por parte do Belenenses e, com sucessivas quebras do ritmo de jogo, a turma da Luz não ganhou a audácia suficiente para alvejar a rede, numa altura em que Rodrigo já tinha sido lançado em campo.

No final da partida, o empate premiava uma equipa inteligente e que soube gerir o tempo de jogo e castigava um Benfica que acordou apenas numa altura em que era o relógio a mandar.

ZEROZERO.PT@


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